quinta-feira, 4 de agosto de 2011

AVISO: FAVOR NÃO ALIMENTAR AS PESSOAS

Agora é proibido ajudar. Não que esteja na lei, mas é algo que deve ficar subentendido na cabeça das pessoas. Não ajudar nada e ninguém, agora, é uma espécie de obrigação moral. Se você desobedecê-la, vai acabar parecendo algum tipo de idiota. É assim que a coisa funciona. É uma nova corrente de pensamento pra todo mundo que é decentemente educado e entende das coisas. Inclusive você.

É assim: pra aderir a essa nova filosofia de vivência (anti)social, primeiramente, é preciso compreender a natureza da vida e, principalmente, se conformar com ela. É como se as coisas só melhorassem se todos assumissem que elas são ruins mesmo e não dá pra melhorar nada. É como se tudo estivesse perfeitamente organizado, lá no fundo, e o único problema fosse culpa das pessoas que acham que precisam mudar a ordem natural das coisas. Não há o que mudar. Sequer é possível. A ciência está aí pra provar que a natureza humana cessou sua evolução e que, portanto, a espécie humana é naturalmente ruim, má, competitiva, egoísta, e isso é geneticamente imutável. É como se, pra gente, a evolução realmente acabasse aqui. E, também, é como se a espécie humana funcionasse individualmente e apenas em nível biológico, como se nunca tivesse sido uma das espécies mais sociais do planeta Terra.



Nada disso! Nada de mudança, nada de "social", e principalmente nada de ajuda. Existe um certo desespero pra que as pessoas não se ajudem. É uma espécie de injustiça. É como trapacear no jogo da vida. É como se, no meio de uma corrida em que todos começaram na exata mesma posição, surgisse um bando de gente na pista pra atrapalhar. Gente que atrapalha ao ajudar os outros.

As pessoas não nascem iguais, isso é fato. Até pra nossa sábia classe dominante esclarecida, isso é reconhecido até certo ponto. Afinal, numa corrida ou luta ou qualquer outra prática esportiva, todos os jogadores são diferentes e é isso que faz o resultado do jogo ser dinâmico. Se todo mundo fosse realmente igual, não existiria jogo algum e toda competição acabaria em um frustante empate. Sendo assim, a diferença entre as pessoas existe e DEVE existir.

Ou seja: nem toda vitória é fruto de injustiça. O sucesso de todas as pessoas é baseado no esforço delas próprias. A diferença entre os competidores faz parte do jogo da vida. O individualismo é saudável. Passar por cima dos outros é natural do ser humano. Dessa forma, conclui-se facilmente que ajudar as pessoas é uma inescrupulosa forma de trapacear o mundo. Por isso, por exemplo, é que são feitos exames de sangue e urina em jogadores de futebol. Ninguém merece a ajuda de nada e de ninguém. A vida é justa por si só.

Mas aí entra um fator engraçado: essa gente só reclama de ajudinhas depois que o jogo já começou. Depois do apito, o jogo é intocável e ninguém pode ter nenhum tipo de empurrãozinho. E a parte engraçada mesmo é que, na verdade, o mundo todo é um único jogo desde sempre. Moral da história? Já era. Acabou a fase de treinamento. Acabou o momento de organizar a largada. Não dá mais tempo de ir ao banheiro ou se preparar pra coisa alguma com assistência externa. Assim que você nasceu, o jogo já tinha começado. Agora é cada um por si. Sinto muito. Por acaso, eu simplesmente nasci na sua frente.

Pensando assim, gente que nasce em berço de ouro não é sortuda. Gente que nasce na rua passando fome não é exatamente azarada. Quem nasce pobre, é porque os pais são gente fracassada e ignorante. Quem nasce rico, é porque os pais são esforçados e inteligentes. São os vencerdoes e perdedores de antigamente. O jogo já começou há séculos. É como se a largada justa e imparcial dessa grande competição mundial tivesse sido dada nos tempos do Big Bang mesmo. E aí, se você nasceu na desvantagem, culpe seus ancestrais incapazes. Agora corre atrás. Já não vale mais pedir ajuda. Isso é coisa de quem tem espírito fraco. Eu nasci bem porque mereço e não preciso de ajuda porque sou foda.

Prontinho.

É assim que essa turminha pensa. Dão um tiro pra cima e julgam que é muito justo que já saiam correndo 10 metros na frente de todo mundo. Afinal, não esqueça: o jogo já tinha começado antes disso. É por isso que não tem problema começar 10, 15, 20 metros na frente de todos os outros. Não há nada injusto em nascer numa casinha boa de um bairro confortável e ir pra uma escola maravilhosa enquanto recebe uma mesada de três algarismos (pra ir se acostumando pro salário que virá mais tarde). Isso é perfeitamente razoável. Eles conseguiram todo o luxo com o grande esforço e merecimento que obtiveram nos tempos em que se banhavam no esperma do papai. Nasceram vencendo já desde aquela grande corrida inicial em que dispararam adiante pra fecundar a mamãe e tudo mais. Se você nasceu na rua e come lixo, se vira. Isso não é azar, aconteceu porque você merece. Agora dá seu jeito.

É lindo mesmo. É assim que funciona o pensamento. Está finalmente esclarecida as origens da moda mais fresquinha e inteligente da elite da nossa sociedade: NÃO AJUDE NINGUÉM. As pessoas sobem na vida porque fizeram por merecer e não por causa de umas ajudas fraudulentas e hipócritas.

Aliás: hipócritas!

Não se pode esquecer disso. Ajudar as pessoas não só é desleal com a lógica da natureza, como é um óbvio ato de hipocrisia. Mas antes de entender isso, ainda tem outro problema em ajudar as pessoas que precisa ser compreendido.

Lembra do egoísmo genético da espécie humana? É inevitável. Então, mesmo que se finja ajudar os outros, na verdade se está cometendo um ato de extremo egoísmo: você ajuda porque VOCÊ gosta de ajudar. Existe algo mais cruel do que isso? No fundo, é em nome de si mesmo que você ajuda. Entendeu? Xeque-mate. Eis o motivo mais óbvio pra não poder ajudar ninguém: é egoísta.

É meio paradoxal, mas é sério mesmo que tem gente que pensa assim. E não é pouca gente. É impressionante como esse tipo de pensamento realmente faz um baita sucesso na nossa juventude. Além de soar como uma sacada muito inteligente (até porque é tão complexa que nem faz sentido), rapazes e mocinhas de boas famílias adoram ganhar esse delicioso passe livre pra ser egoísta e fútil e materialista e blablablá. Afinal, é natural e inevitável mesmo. Dessa forma, eles se livram da culpa de terem nascido na vantagem e podem se esbaldar em luxo sem se importar, nunca, com ninguém.

Mas aí vem ainda outra parte engraçada: contraditoriamente, eles começam a culpar QUEM AJUDA de ter nascido na vantagem.

Essa é outra pérola do racicíonio anti-ajuda: você não pode ajudar se você não se entregar de corpo e alma. Hipocrisia. Todas as pessoas que ajudam, além de trapaceiras e egoístas, são hipócritas. São comunistas de Nike. Você não pode dar uma moeda pra um mendigo se você não tiver disposto a levá-lo pra dentro de casa pra cuidar dele com muito amor e carinho. Você não pode ser um grande defensor dos animais e do meio-ambiente se não for algum tipo de monge da floresta ou algo assim. Você precisa ser PERFEITO. Você não pode defender quem vive mal ao mesmo tempo que vive bem. Como assim? Isso não faz sentido. É errado… imoral!

Ora, como os vegetarianos ousam deixar de comer carne em nome dos bichinhos? Não sabem que pra plantar alface é necessário destruir o lar natural de muitos animais felizes? Além do mais, planta também é vida. E é perfeitamente natural que o ser humano coma carne. É natural, também, que o ser humano use casacos de pele (mesmo nas metrópoles do século 21) ou seja agressivo por natureza. É por causa dessa agressividade incorrigível, aliás, que existem cadeias pra marginais e se deve legalizar pena de morte, pois a sociedade é perfeita e o problema é a maldade do homem por si só. Não precisa mudar nada. E eu sou contra esses ONGueiros de "direitos humanos" que ficam defendendo bandido.

Quem você pensa que é pra lutar contra as coisas como elas já são e sempre foram, afinal!? Um leão não sente pena de seu jantar. A vida na selva é dura. Todos podemos fazer o que bem entendermos em nome da sobreviência por mais que existam outras milhares de alternativas mais inteligentes e éticas pra nossa espécie (que tal um casaco de moletom?). Isso não importa. Os hipócritas fazem cena de que são santos mas, se quisermos, temos o pleno direito natural de sermos burros e de nos estancarmos para sempre na evolução da espécie.

Aí, pensando assim, o papo biológico da natureza humana ganha mil argumentos pra que a gente possa pular na garganta dos outros como um leão selvagem. E não ouse ajudar as vítimas. Já deram a largada, lembra? Ninguém pode reclamar. Se reclamarmos, vamos ter que ir lá protestar com os felinos da Savana também. Se pagarmos um lanche pra uma criança que dorme debaixo de um viaduto, temos que virar algum tipo de Deus e resolver todos os males da humanidade com as próprias mãos. Ou isso, ou somos hipócritas. Ou isso, ou é melhor não fazer NADA.

É assim que essa gente se acomoda no conforto de suas casas e fica reclamando de algo que sequer as afeta. Afinal, ajudar as pessoas é algo meio anti-ético. Essa gente é daquele tipo que faz passeata de "Orgulho Heterossexual" pra tentar limitar o sucesso dos outros e fazer cena, lutando pelos direitos que já têm e sempre tiveram na história da sociedade. Como se o tempo todo fossem marginalizados e discriminados, gente branca vai começar a dizer que também merece algum tipo de feriado por causa dos vários movimentos em nome dos negros. Aí, também, vendo os tantos direitos que as mulheres têm conquistado nos últimos anos, homens vão se unir e lutar pelo direito de qualquer coisa que eles já têm e também já sempre tiveram. Se as mulheres e os negros e os gays podem trapacear, os homens brancos heterossexuais também têm pleno direito de comemorar suas conquistas que… nunca precisaram conquistar. Deve ser biológico.

Enfim, é assim. Essa gente é simplesmente escrota, incapaz de compreender a existência de gente que sofre desrespeito crônico. São até mesmo contra essas campanhas anti-bullying, porque isso é bonzinho demais. Não se pode ser bonzinho. Se levarem adiante essa coisa anti-bullying, as crianças serão fracas e despreparadas pra lidar com as adversidades da vida. E a função da escola é, justamente, preparar gente pra competir como animais na floresta, e não tentar civilizar e fazer a cabeça das criancinhas com valores excessivamente sociais. Isso é coisa de comunista, maconheiro, estudante de humanas. Sendo assim, deve-se deixar os molequinhos se humilharem na escola mesmo, pra não exaltar a mediocridade do ser humano e desenvolvê-los como aristocratas fortes e resistentes pra disputarem livremente como permite o capitalismo e, é claro, a natureza por si só. Além do mais, se os coitados do berço de ouro foram zoados na escola, não é justo que as gerações futuras deixem de ser! Se uma criança fica gorda e desenvolve mil espinhas na adolescência, é por culpa da criação da família e de seus genes fadados ao fracasso. Pode zoar à vontade pra ver se ela compensa isso na cara dura. Afinal, eu nasci foda e por algum motivo mereço créditos por isso.

E assim seguem vivendo e reclamando do bem dos outros. Como sempre estiveram no topo da cadeia alimentar social e não têm nada pra batalhar na vida, resmungam loucamente quando sentem o trono ameaçado por causa das conquistas alheias. Como que numa espécie de inveja, essas pessoas reclamam de qualquer tipo de ajuda que se dê aos que vivem na desvantagem. Falam da glamourização da mediocridade e do marginal, e logo começam a reclamar de tudo que valorize a cultura de classes que consideram mais "baixas" numa espécie de xenofobia social. Esses engraçadinhos aí, quase fascistas, pensam que só porque eles próprios são brutos e egoístas, todo o resto do mundo deve que ser que nem eles. É uma ofensa que sejam diferentes e ajudem "o mais fraco". Aliás, de acordo com eles, ajudar "o mais fraco" é que é preconceituoso e absurdo. Quem é você pra definir a fraqueza alheia…?

O pensamento deles é tão desesperado por frieza e egoísmo que, mesmo quando se dá uma força a alguém, eles precisam visualizar interesses individualistas nisso. Reclamam e reclamam e condenam porque olhos podres só conseguem enxergar podridão.

É por causa de tudo isso que começam a entrar em crise com aquilo que já foi dito: ajudar as outras pessoas é injusto com eles e com a natureza do universo como um todo. É desleal, egoísta e hipócrita. Blá, blá, blá. Ajudar é a maior maldade do mundo. Morrem de medo da ajuda aos outros, nesse terrível pavor de romper a confortável pirâmide socio-econômica dos dias de hoje: aquela em que, coincidentemente, eles já tão lá em cima. Porque essa é a ideal.

Ajudar os outros é um grande perigo pra essa gente porque, se alguém tá ganhando respeito, eles tão perdendo respeito. Se alguém tá ficando menos pobre, é porque alguém tá ficando menos rico. E se ninguém mais se conformar com a existência de gente pobre, ninguém mais vai se conformar com a existência de gente tão rica. E isso é horrível, cruel, injusto… porque essa galera já tá quase lá e… poxa! Eles querem ser milionários! Deixa o jogo rolar, por favor... só mais essa partida.

E aí pronto. Não dá pra sugerir uma minúscula tentativa de igualdade social. Não é justo parar o jogo por aqui. Não é justo enaltecer os fracos. Tudo isso, no final, só ia fazer todo mundo acabar numa classe-média meio mais ou menos e não teria graça viver sem a possibilidade de morar numa mansão. Então, pelo amor de Deus, não ajude ninguém porque um dia eu quero tentar ter um iate particular. E aí, numa praça cheia de mendigos, eu coloco uma enorme placa: FAVOR NÃO ALIMENTAR AS PESSOAS.

Imagine só: vai se formar uma espécie de praga. Não vê o que acontece com os pombos? As pessoas vão ser recompensadas por serem fracassadas e logo estarão todos vivendo imundos, fedidos, na rua, às suas custas. Não dê esmola, não pague lanches, não doe cobertores. Isso não é responsabilidade sua! Não vai resolver nada! Para com isso! É injusto que você se meta pra desequilibrar as coisas como elas devem ser! Ou você não ajuda ninguém, ou você é um ignorante, fraudulento, egoísta e hipócrita que está financiando uma praga na sociedade. Dê moeda a uma mendiga grávida, e logo uma porção de meninas descerão de seus apartamentos de luxo, largarão a escola, treparão sem camisinha e sentarão na rua pra viver dos seus trocados!

É um pânico desesperado, tipo, nesse nível. Na estrutura daquele velho argumento contra a legalização do aborto: aborto não pode ser legalizado porque todo mundo vai começar a abortar. Afinal, abortar é tão gostoso que todo mundo vai adorar a ideia. Então, deixa proibido!

E aí, tal como no caso do aborto, o medo da inovação é tanto que os apelos começam a ir pra coisas meio espirituais do tipo: "Deus fez assim!" ou "é o Karma!" ou mesmo "é contra a natureza!". É toda uma campanha pra manter aquela estrutura na qual você tá lá em cima.

E, pros que se desesperam mas não perdem a postura intelectual, ainda existe aquele velho apelo com um arzinho chique e aristocrata, citando grandes filósofos e outras grandes figuras defensoras do individualismo dos tempos da revolução industrial. Citam lá aqueles caras de séculos atrás como se eles fossem perfeitos conhecedores da sociedade moderna decadente em que vivemos hoje em dia. É como se aquele grande filósofo defensor do capitalismo soubesse muito bem que a internet estava por vir e fosse um indivíduo mágico com razão eterna. Não é o caso. Mas, pra quem já tá lá em cima desde os princípios da história, esquecer esses caras seria um erro. A aversão à mudança sempre nega a evolução da cultura e da espécie, prendendo-se ao passado pra justificar a própria psicopatia e ignorância que a mantém como "classe dominante".

E o pior é que dominam mesmo. Essa galera é esperta, bonita, rica, influente e convincente. Seja usando superstição, seja usando propaganda ideológica ou seja usando sábios filósofos medievais, eles vão dar um jeito de perpetuar essa nova moda milenar. De um jeito ou de outro, nós, do povo, acabamos acreditando. E assim cresce essa cultura em que não se ajuda ninguém. Aliás, só se ajuda quem não precisa. Porque aí, não é ajuda… é incentivo. Uma moedinha pra esses megalomaníacos é algo tão suculento que eles as veem mais como um prêmio em si do que como uma mera forma de sustento. O dinheiro não é um meio, é um fim em si próprio. E assim a cultura anti-ajuda dá mais um passo pro horror e começa a ajudar as pessoas erradas.

Olha só: uns estudantes de universidade particular passam pra faculdade de medicina pra virarem grandes cirurgiões plásticos ricos (em vez de cuidarem dos outros) e saem na rua conseguindo dinheiro pra comprar cerveja pra festa de comemoração. Ou então, depois de complexas aulas de física e química, formam-se em engenharia e não constroem nada que presta pra sociedade, indo logo trabalhar com economia ou qualquer coisa que só sirva pro sustento de alguma empresa multimilionária. E aí, pra comemorar o futuro promissor, te pedem uns trocados e fazem umas rifas pra ajudar na carne do churrasco. E funciona.

Ao mesmo tempo, uns hippies pegam o puta violão de qualidade que ganharam da vovó e cantam na praça numa outra língua que aprenderam no cursinho, faturando quilos de moedas que gastarão em maconha e financiarão o crime organizado. Ou então compram aquelas ropas com clima de brechó e que custam 500 refeições humanas. E mais uma vez, funciona. O povo sempre dá. Porque aí, nesses casos, é bonitinho. Um barbudinho sorridente falando de amor enquanto a namorada toca violão vende mais do que um negão desdentado com um bebê nos braços. É como se instintivamente você se recusasse a financiar algo que não quer ver de novo. E não se importasse em pagar por algo que não te incomoda, pelo menos não tanto quanto alguma aberração sem pernas sentada num papelão, por exemplo.

No caso dos universitários e dos hippies-por-opção, não é ajuda que você dá. Lembra disso? É incentivo. É algum tipo de presentinho. E presentinho não é algo que se dê pra vagabundo. Desde os tempos do Papai Noel, sabe-se que só criança comportada que ganha presente.

Então, quando um mendigo quer encher a cara de cachaça porque a vida é uma merda, o pessoal fica com nojo. E quando aquela criança descabelada e magricela tenta te vender uns adesivos pra comprar um sanduíche, você diz que tá sem trocado. É aí que os sábios "dominantes" provam que te dominaram. Quando você mesmo percebe, tá se transformando num desses babacas. Num nível quase inconsciente, você acaba de aderir à moda mais sedutora de todos os tempos: é proibido ajudar.

3 comentários:

xDDDre disse...

Acho válido expor a seguinte discussão sobre o texto aqui no blog:

https://www.facebook.com/xdddre/posts/156822414394306?notif_t=share_comment

Lilian Honda disse...

Há uma espécie de darwinismo social imperando, não?

xDDDre disse...

É, mas esse suposto Darwinismo social é um lixo. Desde quando ser rico representa sucesso evolutivo...?

De um ponto de vista evolutivo de verdade, os pobres são muito mais bem-sucedidos. Se adaptam e vivem em terríveis condições e se reproduzem e perpetuam a espécie de forma muito mais eficiente do que a minoria rica.

Mas é claro que ninguém vai pensar assim, porque pobre ser "mais evoluído" do que rico é algum tipo de absurdo inaceitável.