Um céu cinzento e apocalíptico cobre a cidade. São sete horas. Algumas nuvens estranhamente alaranjadas, num tom quase bronze, começam a piscar em pequenos relâmpagos. Uma tempestade está por vir, mas o ar continua morno e estático. Um enorme trovão assusta as poucas pessoas que ainda andam na rua. Água começa a cair dos céus.
Sinto-me num pântano. Um novo raio surge dentre as nuvens e uma luz verde e podre ilumina a rua. Enquanto ando sobre as enormes poças que se formam, as pessoas desaparecem. O lixo desliza pelas calçadas. Sinto cheiro de esgoto. Enquanto isso, sigo indiferente.
Miau.
O brilho de um relâmpago esverdeado e eu escuto o miado de um gato. Observo o bichano molhado e trêmulo, resmungando ao vagar confuso pelas calçadas, sem ter onde se abrigar. Observo-o com um olhar vazio. Ele me encara com força. Mia outra vez. Obedecendo, eu abaixo.
Outro trovão ruje sobre nós e eu começo a acariciar o animal. O pobre gato mia mais algumas vezes e me encara, tentando me dizer mais alguma coisa. Seguro-o pelo pescoço. Ele me olha fixamente nos olhos. Enquanto isso, algo quente se espalha pelo meu peito.
Abro o zíper e aperto o pescoço da criatura. Seu pelo, antes cinza, começa a ficar branco conforme lavado pela chuva. Ele resmunga e morde a minha mão. Com a outra, começo a apertar o meu pau duro. O gato grita.
Subo a mão e aperto sua cabeça, fechando-a no meu punho. Enquanto o sufoco com uma mão, bato punheta com a outra. O animal esperneia, assustado. Começo a apertar sua cabecinha contra o chão e noto filetes de sangue escorrerem tortuosos pela calçada, sendo levados pela água da chuva.
Miau de novo.
Ainda com o pau duro, seguro o animal com as duas mãos. Pego suas duas patas traseiras e as dobro, quebrando-as. Ele grita. Me arranha furiosoamente com as garrinhas das patas dianteiras, se contorcendo com uma expressão de ódio enquanto a água grossa e morna da chuva desaba sobre a gente.
Meu sangue se confunde com o dele quando escorre pelo meu braço. Abandonando o pênis, seguro a cabeça do gato com as duas mãos e enfio meus dedões em sua boca. Corto-me com os dentes afiados mas continuo metendo meus dedos em sua garganta. Com pouca força, desloco seu maxilar. O animal solta um grito estridente mais uma vez.
Meu pênis pulsa. Sento na calçada e me apóio num poste de luz que não funciona mais. Com uma das mãos, levanto o gato pela cabeça e aperto-o contra o meu peito. Suas patinhas traseiras mantêm-se penduradas sobre a minha barriga. As dianteiras, desesperadas, arranham o braço que o esmaga contra o meu tórax.
A outra mão vai pra cima e pra baixo enquanto envolve o meu pênis. Sangue escorre da boquinha do gato e do meu braço já completamente arranhado. Mantenho sempre a masturbação. A minha blusa ensopada ganha uma mancha vinho e o gozo começa a crescer dentro de mim. Excitado, começo a apertar com mais força a cabeça do bichano, esmagando-a entre meus dedos.
Abaixo-a em direção ao meu pau. Suas garrinhas se prendem na minha minha camisa mas eu ignoro. Confuso, o animal grita e me arranha enquanto o arrasto contra o meu ógão. Ele o agarra. Enquanto o estrangulo, esfergo-o com força no meu pau. Uma mão puxa o prepúcio, a outra puxa o gato. Suas garrinhas finas me arranham e me masturbam. Fecho os olhos. Mordo os lábios. Numa mistura de pânico e ódio, o bichano crava suas unhas no meu pau e começa a gritar agressivamente num tom fracassado de ameaça. Ignoro. Com o pau arranhado e sangrando, chego ao orgasmo. Gozo na cabeça do gato.
Largo-o na rua. Ele rasteja sujo de sangue e gozo, com as patas dianteiras quebradas e a boca completamente torta. Boto o meu pau pra dentro da calça e piso sobre a cabeça do bichinho. Seus olhos explodem pra fora. Seu pelo branco torna-se rosado e uma poça escura se forma debaixo dele. Piso no gato com força mais algumas vezes e suas entranhas se espalham sangrentas como se ele tivesse sido atropelado por uma moto. A chuva leva o sangue. Fecho o zíper e vou pra casa, colocando os cabelos molhados pra trás.
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